quinta-feira, novembro 17, 2005

PS2:

- Shadow of the Colossus

"Pendure-se nos pelos, acerte o ponto luminoso".

Novidade da Sony, simplesmente incrível. Esse jogo calou a boca de muita gente que alegou que "God of War foi a única coisa boa que a Sony já fez", e que, obviamente, não conhecem a série Wipeout. Shadow of the Colossus é a "continuação espiritual" de Ico. Não, eu nunca joguei Ico, não sei o que os dois tem em comum, nem sei se Ico é bom ou ruim - mas esse jogo é absolutamente fantástico. Além de ser todo feito em formato "filme" (os gráficos são em CG, claro, mas a sequência, o continuísmo, a ação segue forma cinematográfica), mostra um uso de cores, cenários e música que realmente tornam o jogo um épico. Basicamente, você quer ressucitar sua namorada, que foi morta sob acusação de carregar uma maldição, e pediu ajuda dos deuses - que, como já bem provam as igrejas evangélicas, não fazem nada de graça - mandam você pegar 18 gigantes (chamados "Colossus" ou "Colossi", no plural) na porrada. Você vai lá, mata um Colossus, destrói uma imagem do templo e parte pro próximo. É muito bacana notar que os criadores aproveitaram toda a engenharia 3D do aparelho para simular o tamanho enorme das criaturas, além do aspecto espacial de se estar lutando com algo enorme. O primeiro Colossus, por exemplo, carrega um tacape na mão, e quando vai te acertar com a arma, pega você lá nos cafundós-do-juda! (Afinal, tem um braço com uma boa dezena de metros!). Se você quer um jogo BOM e sem muita frescurada, com um enredo bom, e que não depende de um monte de comandos difíceis ou milhões de missõezinhas imbecis no meio do caminho, Shadow of the Colossus é o seu jogo! Pode comprar o original sem medo, pois vale cada centavo.

- We Love Katamari

"We are very hungry and can't remember".

Mais um jogo em que eu não joguei o anterior, We Love Katamari é a continuação de Katamari Damacy. Não sei quais foram as melhoras do anterior para este jogo, mas posso usar aqui sem medo nenhum as seguintes palavtas: Esse jogo estraga a sua cabeça. Já me explico - some um objetivo tosco que é o de "enrolar" coisas, objetos num cenário ao fato de que sempre haverá uma música cretina tocando incessantemente de fundo (a versão de "Katamari Damacy" tocada com latido de cachorro é o que há!). Aí, adicione ainda um enredo nonsense, um protagonista nonsense, personagens nonsense com vozes idiotas ("Your Highness!!! Hello-o!!!") e um cenário completamente prosaico cheio de objetos improváveis espalhados. Aí você pensa: "Credo, que tortura!". Ledo engano ! O Jogo é divertidíssimo, apesar da sensação de lobotomia que as horas seguintes à partida proporcionam. O uso dos dois direcionais analógicos é meio confuso, você fica meio perdido de vez em quando, mas não tem nenhum comando muito difícil. Apesar de parecer extremamente fácil à primeira vista, o jogo tem seus momentos de pedreiragem - A missão dos vaga-lumes que o diga! Enfim, eu não recomendo We Love Katamari para quem gosta de jogos de ação, tiro, porrada, direção, enfim, para quem gosta de jogos no formato tradicional. Se você quer algo esquisito, divertido, viciante e completamente nonsense, esse jogo é o ideal.

- Xbox

The Warriors

CAAAAAAAAAAAN YOU DIIIIIIIIIIIIIIG IT ???????

Se em algum momento durante sua infância/adolescência você esteve em um fliperama mal-iluminado, enfumaçado, cheio de elementos de índole duvidosa e matando aula para jogar Double Dragon, Renegade ou Final Fight, esse é o seu jogo. Eu diria até que "The Warriors" é tudo o que "Renegade" queria ser, mas não tinha tecnologia para isso. Apesar de ser baseado num filme (que, pra mim, nunca vi mais gordo) a história é bem simples: Você joga com uma gangue numa New York com problemas de proliferação de gangues, no fim da década de 70. Um possível unificador das gangues, adorado por todos (bem, quase todos...) é assassinado e a guerra começa! Gangue contra gangue, você tem que defender seu território... na base da PORRADA! Sim, sem dúvida alguma é um jogo que mistura luta ao gênero GTA-like, mas não espere ver demonstrações de artes-marciais complexas nem pegar armas pesadas ou carros. Aqui o negócio é à pé e na base do pé-do-ouvido puro e simples. O máximo que você consegue achar é um tijolo-de-seis-furos, uma garrafa ou um taco de baseball - bem no estilo Double Dragon mesmo. Aliás, pra quem estava com saudades do clássico, a velha e boa "joelhada na cara puxando pelo cabelo" está aqui presente, e pra quem era fã de Renegade, aquela montada "passando a guarda" no chão com socos na cara também está. O jogo ainda tem milhões de missões secretas, coisas escondidas, mini-games (roubar tapes de carro, saquear lojas, comprar drogas, tudo o que um adolescente marginal adora fazer), e foi o primeiro tutorial que eu não odiei fazer! Sinceramente, achei "The Warriors" um masterpiece, mas eu adoro jogos de ultraviolência, tenho problemas, admito, e sei que não sou um bom referencial.

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